sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Morro dos Ventos Uivantes

de Emily Brontë (Editora Lua de Papel)

O livro se passa em uma localidade chamada Wuthering Heights, em português traduzido como Morro dos Ventos Uivantes, uma propriedade extensa com uma grande casa e campos verdes com rochas, orgulho dos proprietários. Tudo começa com um jovem que se hospeda em uma residência próxima e para o qual é contada a história da propriedade, e assim em um flashback conhecemos os personagens deste romance dramático.
O rico proprietário dessas terras tem uma filhinha que ama muito, a pequena Catherine, criada pelos serviçais da casa ela é egoísta e mimada por todos, e essas características se mantem na sua personalidade depois que cresce. Quando ainda é criança, seu pai viaja para longe, onde adota um menino de traços ciganos, por pena. Heathcliff é pouco dado ao convívio, é maldoso e mal educado, exceto com a pequena Cathy com quem logo forma uma dupla inseparável. Os dois se tornam melhores amigos, cuidando um do outro e se ajudando. Eles saem correndo pelos campos durante tardes inteiras voltando apenas ao anoitecer para a preocupação dos empregados da casa. Enquanto crescem este sentimento vai se fortalecendo e um amor começa a nascer, um sentimento tão forte que se torna a base dos dois, e para tudo que fazem apenas este relacionamento importa.
É quando surge Linton, moço belo e bem educado de uma propriedade vizinha, que começa a visitar a família cada vez mais. Catherine passa a dar muito mais atenção a Linton, uma pessoa muito mais culta que Heathcliff, e com quem pode comentar coisas mais importantes relacionadas a leitura e música.
Heathcliff se torna uma pessoa amargurada por ter sido deixado de lado por Catherine, e enquanto o sentimento dela se confunde com o novo amor que sente por Linton, os sentimentos de Heathcliff se transformam em uma maldade mortal e uma melancolia constante.
Não vou contar muito mais do que acontece, ou como Heathcliff se vinga porque ia ser spoiler. Mas posso dizer que este é um dos livros que mais mexeu comigo durante a leitura. Reparem que gostar e mexer são palavras diferentes, mas ambas denotam um tipo de literatura superior capaz de causar sentimentos nas pessoas que a leem. Este é o livro favorito de muitas pessoas, com razão, as personalidades são maravilhosamente construídas e a narrativa leva a lugares impossíveis de imaginar no começo, terminando de maneira dramática, mas não trágica. Clássico maravilhoso e que merece ser lido.

Ele já foi adaptado para o cinema diversas vezes, a versão mais famosa foi estrelada por Juliette Binoche e Ralph Fiennes e dirigida por Peter Kosminsky em 1992. A versão mais antiga é de 1939 de William Wyler Com Merle Oberon e Laurence Olivier. A mais recente foi dirigida por Andrea Arnold e causou furor ao colocar um ator negro, James Howe não cigano, James Howson no papel de Heathcliff. Catherine foi vivida por Kaya Scodelario.
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Entrevista com o Autor Marcio Scheibler

Bom dia! Para começar o dia postando vou mostrar a entrevista que fiz com um escritor que é meu conterrâneo, enviei algumas perguntas por e-mail que ele topou responder, seguem abaixo:
 
1 - Quem é o Marcio?
Um apreciador da literatura, que busca ler praticamente sobre tudo. Tem na música e na genealogia alguns de seus passatempos favoritos. 
 
2 - Sempre quis ser escritor? Teve ou tem outros trabalhos?
Desde que descobri o gosto pela leitura, passei a ter vontade de me tornar um escritor também. O fascínio causado pelas coisas que lia inflaram minha vontade de ter algo próprio: personagens, enredos, enfim, uma trama.Trabalho no setor público e sou formado em Administração pela Faculdade Dom Alberto, de Santa Cruz do Sul(RS).
 
3 – Quanto tempo levou para escrever Cicatrizes de um Segredo e Irresistivelmente Fatal, e de onde veio a inspiração?Cada um dos livros me dispendiou cerca de um ano para escrevê-los, mas até publicá-los alguns meses a mais transcorreram. No caso de CICATRIZES DE UM SEGREDO, o tempo até publicá-lo foi de mais de um ano além do gasto com a escrita. A inspiração vem de obras do gênero policial, incluindo Agatha Christie, Arthur Conan Doyle, Sidney Sheldon, etc. Assisto seriados de vez em quando, como CSI, Law & Order, Las Vegas. E também situações do cotidiano me inspiram, desde uma imagem até uma notícia de crime (coisa que não falta nos noticiários, infelizmente).
 
4 – Quais foram as dificuldades para publicar seus livros?Para encontrar uma editora não foi difícil, pois publiquei meus livros com uma da minha cidade. Os cuidados e preocupações maiores se deram com a revisão ortográfica e a diagramação. Após publicados, a questão de concentra na divulgação e circulação das obras, coisas que faço usando principalmente a internet.   
 
5 – O que diria para alguém que, assim como você, gostaria de escrever?
Os obstáculos para se inserir no mercado literário são grandes, assim como em qualquer outro ramo. Mas se o seu sonho é um dia publicar algo, enfrente tudo isso e alcance seu objetivo. Achar que não vai ter qualquer retorno é negativo. Quem não dá a cara ao tapa, no fundo não tem a vontade de ter algo seu exposto. Seja criativo, dê vida aos seus personagens e procure uma editora para avaliar seu trabalho. Existem muitas por aí e elas estão à procura de novos autores.
 
6 - Um autor e um livro preferidos?
Meus autores preferidos são Agatha Christie, cuja obra favorita é ASSASSINATO NO EXPRESSO DO ORIENTE, e Dan Brown, cuja obra favorita é ANJOS E DEMÔNIOS. 
 
7 - Projetos para o futuro, novos livros a caminho?
Comecei a pontuar tópicos para meu terceiro livro. Pretendo deixar tudo ajeitado para iniciar a escrita em 2013, seguindo, logicamente, o gênero policial. Quero elaborar algo mais impactante e mais longo, pois recebi muitos comentários de que meus primeiros livros são pequenos, apesar de as histórias serem boas. O terceiro livro tem que ser o melhor!
 
Muito obrigado Marcio, por topar responder as perguntas!
 
Para ler minha resenha de Irresistivelmente Fatal clique: aqui
 
Para conhecer o site do autor clique: aqui
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A Rainha Desventurada - Maria Antonieta

Uma biografia da Rainha da França Maria Antonieta escrita por mim para a disciplina de Produção em Jornalismo Online.

A imagem de uma assustada garota de quatorze anos sendo usada como peão em um jogo político, diante de uma certidão de casamento com um total estranho, longe da vida de confortos que sempre conheceu difere muito da imagem de uma rainha impiedosa, vivendo da luxúria e dos gastos, afirmando friamente que se o povo não tem pão que comam brioches. De fato, uma das principais características a respeito de Maria Antonieta é sua dualidade. Principalmente entre quem ela foi e quem se acredita que ela foi.

Nascida em 1755 arquiduquesa austríaca Maria Antônia Josefa Joana, para anos mais tarde se tornar a Rainha Consorte de França e Navarra, Maria Antonieta de Habsburgo-Lorena. Sendo a décima-quinta filha, de dezessete, da Imperatriz Maria Tereza da Áustria, Antoine, como era conhecida na infância, foi criada com as mordomias que a realeza permitia. Apesar das virtudes necessárias à corte teve sua educação negligenciada por uma governanta que fazia suas vontades, causando uma dificuldade de aprendizado que a impediu de ler ou escrever bem até os treze anos. Para cumprir as necessidades do império, Antoine teve seu casamento arranjado muito cedo, como suas irmãs, mas teve menos sorte do que elas. A França e a Áustria na época eram arqui-rivais centenárias, e para consolidar uma aliança de paz, Maria Tereza conseguiu um casamento que colocaria uma de suas filhas dentro da corte, para defender seus interesses e os do império. O que não foi levado em conta nesta transação - com dote pago em dinheiro e ouro e contrato assinado por ambas as partes – foi o ódio que o povo francês sentia dos Austríacos, incluindo o futuro noivo. Luis Augusto, delfim da França, e próximo na linha de sucessão ao trono de Luis XV, era ainda um adolescente, que não conhecia a noiva e como ela não tinha voz ativa para impedir o casamento que se esperava, beneficiaria ambos os reinos.


Após a cerimônia de entrega da noiva em cortejo, onde ela deixava para trás sua identidade se tornando francesa e passando a usar o nome de Maria Antonieta, Delfina da França, era de se esperar que as coisas correriam bem. A despeito dos casamentos bem sucedidos das irmãs, Maria Antonieta teve que enfrentar além do desprezo dos súditos e da corte – que a chamavam pelas costas de Autrichienne, termo que pode significar tanto “a austríaca’ quanto ‘aquela cadela’ – teve que enfrentar até mesmo a aversão do marido, que só foi capaz de consumar o casamento após sete anos de convivência. Apesar da vergonha de manter uma relação de fachada, com um rapaz que a desprezava tanto ou mais que a população, ela tentou atender os interesses de sua mãe para unir as duas nações. Também sem sucesso.

Encontrando apenas as críticas duras de todos ao seu redor Maria Antonieta entregou-se às efêmeras alegrias de sua vida, as extravagâncias com a moda, comida e jogos de azar. Parte de sua fama de perdulária e fútil vem daí, da fase entre os quatorze aos vinte anos em que ela não tendo muitas preocupações e encontrando pouca satisfação no casamento ou nas amizades se entregara à gastar dinheiro e jogar. Uma coisa que pode ser dita a respeito dela é que não foi falsa, não fingia gostar das pessoas da corte e não escondia sua afeição por quem lhe agradava, e esses favorecimentos causavam ciúmes e inveja.

Mas o jogo começa a mudar para Antoine quando o Rei Luis XV padece de varíola e ela e o marido se vêem como Rei e Rainha da França de uma hora para outra. Maria Antonieta, então com dezoito anos sabia muito pouco sobre como governar, e seu marido ainda menos. Versalhes era um lugar perigoso para se estar sem conhecer seus jogos de poder. As suas tentativas de ajudar o marido no governo só fizeram aumentar a antipatia do povo por ela, e cada vez mais rumores e fofocas denegriam sua imagem, e folhetos contavam histórias absurdas, com uma imagem de mulher que nada tinha a ver com a personagem real, e que infelizmente perduram até hoje.

A imagem hiper-real que se formou destes rumores ofuscou toda e qualquer caractere da personalidade de Maria Antonieta que pudesse ter ganho a simpatia do povo em geral. Mesmo após suas mudanças de estilo de vida, se vestindo com simplicidade e vivendo no Petit Trianon (um palácio anexo) longe da futilidade do Palácio de Versalhes e da corte, após ter seus quatro filhos sendo uma boa mãe e viver como abstêmia, parando de jogar, e usando boa parte de seu dinheiro para causas sociais a imagem perdurou. Culminando na célebre frase atribuída a ela, mandando os pobres comerem brioches em uma das maiores épocas de fome que o país vivia, algo que Maria Antonieta jamais diria. Claro que ela ainda gastava fortunas com caprichos, e apesar de os rumores serem muito piores é comprovado que teve um amante, o Conde Sueco Hans Fersen, mas muito longe da Messalina depravada que tentaram criar.

Quando a insatisfação da massa com as condições sociais culminou nas revoltas que causaram a Revolução Francesa, Maria Antonieta foi um dos inocentes a pagar com a vida pelo estilo de vida abusivo de muitos, durante muitos anos. Após ser presa, e ver seu marido ser guilhotinado, ser separada de seu filho de apenas oito anos e de um julgamento absurdo, onde foi insultada e sofreu as acusações falsas de um veredicto já decidido pela pena de morte ela caminhou até o seu fim com a dignidade da rainha que se tornou. Usando um vestido grosseiro branco para que ela fosse impedida de carregar o luto por seu marido, com o cabelo cortado e as mãos amarradas às costas, Maria Antonieta, mesmo enfraquecida pelo longo período de sofrimento e reclusão caminhou com passos firmes até o cadafalso. Ao pisar acidentalmente no pé do carrasco, desculpou-se: “Perdoe-me senhor. Eu não fiz de propósito.” Ao meio-dia do dia 16 de outubro de 1793 a lâmina da guilhotina caiu sobre seu pescoço. Acabava a monarquia na França aos gritos dos rebeldes de “Viva a República!”.

Das muitas representações da rainha na cultura popular, sendo na música, literatura e cinema prevalece a imagem frívola da menina que vivia pelo prazer das futilidades e não dava a mínima para o povo. Mas apesar de seus inúmeros defeitos que foram parte fundamental de seu infortúnio Maria Antonieta se saiu uma governante melhor do que o próprio marido, uma mãe dedicada e uma embaixatriz defendendo os interesses de seu império no exterior, além de ícone da moda. Comparada a imagem lasciva da esposa estrangeira cruel e manipuladora, a sua verdadeira essência tornou-se mera sombra, um bode-expiatório do fracasso da monarquia, quando se procurava alguém a quem culpar.

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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Frase sobre Livros #2


Tradução: Nós lemos para saber que não estamos sozinhos. C.S. Lewis, autor de As Crônicas de Nárnia.
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Cartas da Zona de Guerra

de Michael Moore (Editora Francis)

No livro, o documentarista americano Michael Moore mostra uma compilação de cartas. Muitas pessoas criticam o trabalho de Moore por o considerarem superficial e sensacionalista. Concordo com a segunda parte, o sensacionalismo, assim como o humor é parte inerente de seus filmes, mas é inegável o fato de que ele passa a mensagem que quer e conta histórias de pessoas.
Todas as cartas e e-mails recebidos pelo autor referentes à Guerra do Iraque foram reunidas neste livro, elas provem se familiares preocupados com o curso do conflito e a segurança e sobrevivência dos seus entes queridos, vem dos próprios soldados que estavam servindo em território Iraquiano ou em outras bases no mundo e também de veteranos ou pessoas comuns que apesar de não ter participação direta tem coisas a dizer sobre o que Michael Moore chamou de uma guerra de mentira feita sobre justificativas de mentira. Não foge a ninguém que ele é anti-Bush.
Nas cartas todos comentam as ações, livros e filmes de Moore, dando suas próprias opiniões, concordando ou discordando, ou apenas para dizer um alô, que continue a lutar pela verdade. Alguns soldados apenas contam o que acontece nas bases e como se sentem por serem usados em um conflito por interesses. Adoro todo tipo de livros com a temática da guerra, seja ela qual for, e sempre é bom ver as próprias pessoas dizendo o que pensam e contando os fatos no lugar de alguém de fora.

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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Resultado da Promoção A Vida em Tons de Cinza

 Com muito atraso e com o perdão dos meus leitores que sabiam que eu estava sem internet e estou voltando agora com o blog, venho hoje postar o resultado da promoção do livro A Vida em Tons de Cinza em parceria com a Editora Arqueiro. E a vencedora foi a... 

Já enviei o e-mail para a Janaína, que tem três dias para responder com seus dados. Caso ela não responda um novo sorteio será feito.
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A Princesa e o Sapo



de Will Eisner (Editora Companhia das Letras)
Uma coisa que parece ser comum a todas as mulheres é a adoração pelos contos de fada independente da idade, e eu não sou diferente. Por ser uma fã e defensora das histórias em quadrinho não poderia deixar de ler e resenhar uma de que gostei tanto.
A história da princesa e o sapo é conhecida por todos: um belo príncipe transformado pela maldição de uma bruxa vil em um sapo consegue conversar com uma princesa e lhe contar que a única maneira de quebrar seu encanto é recebendo um beijo. Will Eisner sempre criou HQ espetaculares e muito diferentes entre si, esta em particular me agradou pelo fato de ter os traços bem marcados e muito coloridos, uma maioria de fundos brancos que facilita a leitura, e a ausência de caixas, ou boxes como geralmente se espera de histórias em quadrinhos.  Uma arte muito rica que vai agradar aos fãs de contos de fadas e histórias de amor e também aos apreciados de uma Graphic Novel bem escrita e bem desenhada.
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As melhores ficções de 2012


Perguntamos a 20 convidados — escritores, jornalistas, professores — quais foram os melhores livros ficcionais publicados no Brasil em 2012. Os convidados poderiam escolher livros de autores brasileiros ou estrangeiros, publicados entre o meses de janeiro e outubro. “Os Ena­moramentos”, do escritor madrilenho Javier Marías foi o livro que obteve mais indicações, seguido por “Ar de Dylan”, do também espanhol Enrique Vila-Matas; e “A Borra do Café”, do uruguaio Mario Benedetti. Com­pletam a lista, “Serena”, do britânico Ian McEwan; “Chamadas Te­lefônicas”, do chileno Roberto Bolaño; “O Torreão”, da norte-americana Jennifer Egan. Abaixo, em ordem classificatória, as sinopses dos melhores livros ficcionais do ano segundo os convidados consultados. As sinopses são das editoras.

Os Enamoramentos
Autor: Javier Marías
Preço: R$ 49,50
Companhia das Letras
María Dolz, uma solitária editora de livros, admira à distância, todas as manhãs, aquele que lhe parece ser o casal perfeito: o empresário Miguel Desvern e sua bela esposa Luisa. Um dia Desvern é morto por um flanelinha mentalmente perturbado e María se aproxima da viúva para conhecer melhor a história. Passa então de espectadora a personagem, vendo-se cada vez mais envolvida numa trama em que nada é o que parecia ser, e em que cada afeto pode se converter em seu contrário: o amor em ódio, a amizade em traição, a compaixão em egoísmo. A história, narrada em primeira pessoa por María, sofre as oscilações de seus estados de espírito, de seus “enamoramentos”, evidenciando que todo relato é tingido pela subjetividade de quem conta.

Ar de Dylan
Autor: Enrique Vila-Matas
Preço: R$ 59,00
Cosac Naify
Narrado por um escritor de meia-idade convidado para um congresso internacional sobre o fracasso, “Ar de Dylan” conta a história do jovem Vilnius Lancastre, publicitário fracassado e cineasta de um único curta-metragem, cuja principal característica é sua semelhança física com Bob Dylan — o que lhe vale o apelido de Little Dylan. Após um tombo em que bate a cabeça no chão, Vilnius herda a memória do pai, um escritor recém-falecido, “especialista em se transformar a cada livro”. Ora conduzido pelo narrador, ora pelas encenações de Vilnius (guiado pelo fantasma do velho pai), “Ar de Dylan” é uma alucinante história sobre originalidade, autoria, identidade e memória. “É um romance difícil de resumir. Há de se ler inteiro para entender. É um livro para ser lido”, afirma Vila-Matas.

A Borra do Café
Autor: Mario Benedetti
Preço: R$ 32,90
Alfaguara
Em “A Borra do Café”, Mario Be­nedetti mescla memória e invenção e resgata as lembranças de sua infância em Montevidéu para construir uma narrativa lírica sobre as surpresas e as dificuldades do amadurecimento. Com sua peculiar habilidade narrativa, o autor relata pequenos acontecimentos, fazendo com que o leitor reconheça a si mesmo. Na figura do jovem Claudio, o consagrado escritor uruguaio, autor de “A Trégua”, reinventa e revisita muitas passagens marcantes de sua vida: as brincadeiras de rua com os amigos, as constantes mudanças de bairro com a família, a trágica morte da mãe e a descoberta do amor e do sexo. “Benedetti nos conduz com humor e lirismo às suas aventuras e desventuras, tenham sido elas vividas ou inventadas”, escreve Martha Medeiros na apresentação do livro.

Serena
Autor: Ian McEwan
Preço: R$39,00
Companhia das Letras
Ao ser contratada pelo MI5, o Serviço Secreto Britânico, a protagonista Serena se vê como participante de uma mentira cujo objetivo é fomentar a criação de uma ficção. Isso porque ela é incumbida de estabelecer contato com um escritor a quem não pode contar que é uma espiã, nem que o dinheiro que ele passará a receber virá do Estado. Mas o contexto de toda essa armação é uma guerra real, num período bastante violento da história da Inglaterra, especialmente por causa da atividade do IRA. E, para Serena, o caso envolve ainda sua vida pessoal, tanto no que se refere a seu antigo amante, que a introduziu no MI5, quanto no que se refere ao escritor que é vítima do ardil, por quem acaba se apaixonando. Ela é, portanto, agente e vítima, personagem e criadora, num romance em que todos esses papéis são questionados com fervor.

Chamada Telefônicas
Autor: Roberto Bolaño
Preço: R$ 39,00
Companhia das Letras
“Chamadas Telefônicas” reúne uma série de histórias curtas, com desfechos inesperados, que abrem caminho para múltiplas interpretações. Tal é o caso de “Sensini”, o primeiro conto da coletânea, sobre um escritor argentino que se especializou em ganhar concursos literários. Trata-se de personagem arquetípico na obra do autor. Na segunda parte do livro, o espectro metaliterário cede lugar à violência e os leitores de Bolaño reencontrarão “velhos conhecidos”. Em um dos contos, o autor retoma a paisagem da cidade fronteiriça de Santa Teresa, em outro resgata seu alter ego Arturo Belano. A sensação de déjà-vu estende-se também à terceira e última parte, protagonizada por personagens femininas indecifráveis.

O Torreão
Autor: Jennifer Egan
Preço: R$ 29,90
Intrínseca
Danny é um nova-iorquino viciado em celular que, entre outros estranhos talentos, consegue detectar na própria pele se um lugar tem sinal de internet wi-fi. Quando seu primo Howard, de quem havia se afastado após uma brincadeira de mau gosto na adolescência, o convida para conhecer o castelo europeu que comprou e está reformando com a intenção de transformar em hotel de luxo, Danny acha que é uma boa oportunidade para retomar o contato. Ao chegar lá, no entanto, as coisas começam a ficar estranhas. O torreão do castelo, que serviu de fortificação durante muitos séculos e resistiu a diversas tentativas de invasão, ainda é ocupado pela antiga proprietária — uma baronesa sinistra que parece velha demais para estar viva. Uma piscina mal-assombrada e um traiçoeiro labirinto subterrâneo completam a aura de mistério do lugar.

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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

1001 Livros Para Ler Antes de Morrer

de Peter Boxall (Editora Sextante)

O problema das listas é que sempre tem pessoas que discordam, não importa o quanto os autores se esforcem para fazer tudo direitinho e não deixar ninguém de fora, opinião é uma coisa complicada. Porém acho que Peter Boxall conseguiu uma verdadeira proeza ao não apenas descobrir todos estes livros maravilhosos, mas também conseguir coloca-los lado a lado nesta lista super completa.
Uma relíquia para todos os leitores inveterados e que necessitam constantemente alimentar seu vício com novas leituras. A lista é cronológica, começando com os livros que tem centenas de anos e terminando com autores da atualidade, mas que também escrevem livros imprescindíveis. Cada página conta com título do livro e nome do autor e um resumo da história e da situação em que o livro foi escrita, a maioria é acompanhadas da capa do livro e algumas de fotos do autor, ou das adaptações cinematográficas da obra.
Para ler e ter, para ler durante a vida toda buscando inspiração de novas leituras.

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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Caixa de Correio #21

Abaixo a caixa de correio do final do mês de outubro/ começo do mês de novembro. Finalmente o blog está voltando aos seus trilhos! As postagens vão voltar a ser mais regulares, e as seções vão voltar, podem esperar muitas novidades e promoções para o fim do ano.
Vamos conferir o que chegou para mim?

Recebi a coleção de livros infantis da Fundação Itaú, pelo terceiro ano seguido. Parabéns pela iniciativa, cada ano os livros estão mais caprichados!
 Entre os três liros infantis também está O Grande Urso esfomeado, que tem ilustrações lindas!
 Recebi da Editora Novo Conceito o Kit de Romeu Imortal, sequência do sucesso Julieta Imortal, que vem em kit com caixinha e cd com informações sobre o livro.
 Recebi também o kit de Um Olhar de Amor da Bella Andre, que vem em kit hot com caixinha e dadinhos. Este é só para maiores!
 Recebi kit de A Vez da Minha Vida, da Cecelia Ahern, também da Novo Conceito. Esta capa está linda demais!
 Kit lindo de Um Porto Seguro, do Nicholas Sparks, com bolsa e marcador.
 Recebi do Booksneeze o livro Simple Secrets to a Happy Life da Lucy Swindoll. Resenha já está no ar!
 Olha o hardback com uma lombada dourada coisa mais linda! babei!

E vocês o que tem recebido?
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Simple Secrets to a Happy Life

de Lucy Swindoll (Editora Thomas Nelson)

O livro que promete 50 maneiras para ter o melhor de cada dia é mais uma compilação de lembretes do que qualquer outra coisa. Todas as dicas já estão no nosso senso comum, são coisas que já sabemos que devemos fazer, mas as vezes esquecemos, acabamos delegando a outros ou procrastinando pela correria do dia a dia.
Gostei do modo simples e divertido que a autora escreve, e apesar de dedicar apenas duas ou três páginas a cada uma de suas dicas ela consegue passar sua mensagem muito bem. São coisinhas que vamos deixando para trás, mas que acumuladas fazem muita falta.


Agora em inglês, como pede o site booksneeze:



Simple Secrets to a Happy Life, by Lucy Swindoll

The book that promises 50 ways to have the best of every day is a compilation more of reminders than anything else. All the tips are aleady in our common sense, they are things we know we should do, but sometimes we forget, delegating to others or just procrastinating because of the rush of everyday life.
I like the simple and fun way the author writes, and despite devoting only two or three pages to each of their tips she can pass her message very well. These are little things that we leave behind, but when accumulated, we miss them.
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Os Mais Vendidos da Feira

David Coimbra e Martha Medeiros são os mais vendidos

O jornal Zero Hora desta quarta-feira, 7 de novembro, divulgou a lista dos títulos mais vendidos até agora na Feira do Livro de Porto Alegre, que termina no próximo domingo.
Zh consultou as 106 bancas da Área Geral para elaborar o ranking de literatura nacional e estrangeira. Os livreiros foram solicitados a informar, para a compilação, três livros nacionais e três internacionais.
"Na relação nacional, David Coimbra, editor e colunista de ZH, garantiu a primeira colocação com seu mais recente trabalho. Em Uma História do Mundo (L&PM Editores), o jornalista apresenta sua visão pessoal, temperada de humor, de passagens importantes da história humana. (...) Logo na sequência, Um Lugar na Janela, reunião de crônicas de viagem de Martha Medeiros - com sessão de autógrafos pevista para sábado -, vem com a medalha de prata. David e Martha se alternavam constantemente nas menções dos livreiros como bons de venda." diz a matéria.

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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Lançamento Procura-se um Marido


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O Estranho Mundo de Tim Burton


de Paul A. Woods (Editora Leya)

O autor separou pelos filmes de Burton lançados até o momento em que escrevia o livro as seções do livro. Através dos filmes, ele vai contando a trajetória de vida de Tim a partir da infância contando a vida pessoal e profissional deste que é um dos maiores cineastas de sua geração, um dos artistas de maior criatividade e talento trabalhando para a indústria do entretenimento. Adicionando as entrevistas concedidas por ele nos lançamentos dos filmes, um toque do humor ácido e da inteligência do “pai” de personagens tão famoso quanto Edward Mãos de Tesoura e Beetlejuice.

Tim Burton começou sua carreira na Disney, desenhando o cachorro de O Cão e a Raposa. Como a empresa permite muita liberdade de trabalho aos seus funcionários, paralelamente ele trabalhou em curtas de animação, sempre com a estética gótica pela qual ficaria conhecido, os primeiros: Vincent, sobre a vida de Vincent Price, e Frankenweenie em que um menininho ressuscita seu cachorrinho que morreu marcaram seu começo de carreira e o colocaram nas vistas das grandes produtoras que lhe deram uma chance.

Entre seus filmes de maior sucesso estão Beetlejuice, no Brasil chamado de Os Mortos se Divertem,e os filmes do Batman da década de 90. Em Edward Mão de Tesura começaria a parceria de sucesso nas telas e amizade nos bastidores com o ator Johnny Depp, com quem ainda trabalharia em inúmeras produções. A história do livro conta ao longo dos filmes, o amadurecer de sua carreira, seus enlaces amorosos e os poucos, mas existentes fracassos. Além disso, conta todas as dificuldades para rodar estas produções, geralmente milionárias, mas que nem por isso deixam de ter problemas.

Um guia para fãs que amam os filmes darks de Tim Burton e sua estética revolucionária e uma ajuda para aqueles que até hoje não foram capazes de entender a fascinação que se formou ao redor de personagens bizarros escabelados e com olheiras escuras.
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