quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Sobrevivente

de Chuck Palahniuk (Editora Nova Alexandria)

O livro conta a história de Tender Branson, que nasceu dentro de uma seita religiosa que surge no interior dos estados unidos. O povo se comporta e se assemelha um pouco aos Amish, mas diferente por que todos os pertencentes a este culto se matam em um suicídio coletivo. Até aqueles que não formaram família e vivem fora do grupo passam a se matar, o que coloca Tender, jardineiro e mordomo de uma família rica, em uma lista de proteção do governo americano, para impedir que estes sigam suas famílias. Acontece que aquela que deveria ajudar, a agente do governo para estabilizar estas pessoas é totalmente desequilibrada.
Branson, que teve seu número de telefone colocado por engano em um anúncio de ajuda a suicidas, passa a atender as ligações e conversar com as pessoas. As vezes ouvindo suas histórias, e em outras apenas mandando elas se matarem logo.
No passar da narrativa ele muda, e se torna totalmente diferente. Quando acha que é o único sobrevivente de uma comunidade inteira, por que foi instigado a acreditar nisso, Tender descobre que não está sozinho de verdade. A narrativa de Palahniuk sempre é maravilhosa, é incrível entrar um pouco em sua mente através de seus personagens, que colocam todas suas emoções e pensamento na mesa, por mais confusos e estranhos que possam ser. Cada sentença vem com uma reflexão, é um livro tão complexo, intrincado e maravilhoso, que após três ou quatro leituras ainda seria possível encontrar novidades, coisas escondidas sob as camadas de palavras e sensações, que o autor sente, que o personagem sente, e que o leitor envolvido não tem como deixar de sentir.
A história começa no fim, e de sua última cena, em flashback a história do Sobrevivente do título, Tender, passa se desvendar. Acho tão assombroso perceber esta capacidade do autor de captar a essência de um ser humano através de um personagem, que sente, que pensa, e que apesar se suas ações nem sempre acertadas não pode ser considerado bom ou ruim, apenas real. 

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