terça-feira, 29 de novembro de 2016

Agora Já Contei


de Angelita Borges

Novo lançamento da autora santa-cruzense Angelita Borges, Agora Já Contei (independente, 95 páginas) vem para trazer um pouco de doçura para o nosso cotidiano tão amargo. São 50 contos que apresentam histórias diversas, narrativas curtas e diretas, todas igualmente interessantes, que mostram o mundo pelos olhos gentis da autora. Algumas falam sobre objetos inanimados que ganham uma personalidade, sentimentos e pensamentos, ou falam de pequenas conversas cheias de significado, situações que já vivemos por uma ótima totalmente nova.

Agora Já Contei é uma seleção de contos escritos anteriormente para abastecer um blog de mesmo nome, e por sua natureza digital, são rápidos e interessantes, como exigem nossos tempos. Cada conto revela uma surpresa, um riso, uma reflexão.  

Por ser da mesma cidade que eu, encontrei a autora na época do lançamento, quando ela me presenteou com um exemplar (obrigada!) e contou um pouco sobre o processo de seleção dos contos e a transformação do texto em livro. Não sei vocês, mas acho muito legal saber como o autor pegou todas aquelas ideias e fez virar um punhado de páginas impressas. Para quem quiser conhecer o trabalho de Angelita, e comprar o livro (valorize os autores nacionais!) curta a página dela no Facebook e visite o Clube de Autores. O livro ficou com uma edição super caprichada, e custa só 23, 68, vale muito a pena. 

Com um estilo muito seu, Angelita conta histórias com que qualquer pessoa pode se identificar, mas além da identificação há um entendimento muito humano em todos os textos. Gostei muito da leitura, que pode ser feita de duas maneiras: ler tudo de uma vez só, porque é quase impossível largar o volume (como eu fiz), ou apreciar lentamente, lendo algumas páginas a cada dia, degustando a escrita.

Uma foto publicada por Uma Leitora (@paola.severo.71) em

Conheça um dos contos do livro:

Um cappuccino, por favor 
O sol entrava manhoso pela janela da livraria. Nada como uma passada por lá num sábado pela manhã, para se espreguiçar por entre as letras de jeitos e tamanhos variados, por entre capas coloridas e gente capaz. Um amigo aqui, outro conhecido ali, um cappuccino, uma leitura, um pão de queijo e uma conversa super agradável.
O sol se espreguiçava também, entrando timidamente pela janela e saindo feliz pela porta. O sol também gostava de livrarias.

0 comentários:

Postar um comentário

Conteúdo Relacionado

© 2011 Uma Leitora, AllRightsReserved.

Designed by ScreenWritersArena