segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Não perca o lançamento de 'Câmera lenta' de Marília Garcia

Em seu quinto livro, uma das vozes mais originais da poesia  contemporânea reflete sobre as múltiplas espirais da linguagem.

Depois de Teste de resistores, Marília Garcia dá continuidade à sua pesquisa sobre o processo poético. Na última parte de Câmera lenta, ela se dedica a uma profunda análise sobre as hélices do avião e sobre a vontade de decifração. 

O poema, aqui, é o lugar para experimentar, exercitar o pensamento “ao vivo” e testar procedimentos novos, sempre em aberto. Para Italo Moriconi, que assina a orelha, trata-se de uma “poética desbravadora, sofisticada, antenada”.
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Julia Faria lança 'Para as solteiras, com amor'




Quem mergulha dentro de si emergirá mais completo, pronto para viver uma linda história de amor com outra pessoa ou no aconchego da própria companhia.

Estar solteira pode ser muito divertido e libertador, mas muitas mulheres se deparam com diversos tipos de inseguranças quando estão sozinhas. Neste seu primeiro livro, a atriz e digital influencer Julia Faria defende que o foco principal delas nesse momento precisa ser conhecer melhor a si próprias, e não outras pessoas. 

Só assim conseguirão encontrar suas caras-metades (se assim desejarem). Os delicados textos aqui reunidos ajudam a refletir sobre o que esperar de um relacionamento e a lidar com o fim inevitável de alguns deles. Sempre com bom humor, a autora faz uma necessária investigação do mundo do flerte e seus códigos. Mais do que um livro para quem está (ou esteve) solteira, a estreia de Julia Faria é uma defesa da autoestima feminina. Sem ela, mostra a autora, não existe final feliz.
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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Baseado no filme de Akira Kurosawa, mangá Samurai Seven sai em setembro pela JBC


O próximo lançamento confirmado para 2017 pela Editora JBC é o mangá Samurai 7 (Samurai Seven), de Mizutaka Suhou. Completo em dois volumes, o mangá é uma adaptação do filme Os Sete Samurais ( Shichinin no Samurai ), uma obra-prima do cineasta japonês Akira Kurosawa. 

O clássico dos cinemas foi transformado em mangá pelas mãos de Mizutaka Suhou. No Japão, foi publicado pela editora Kodansha, na Magazine Great, em 2005. Com traços marcantes, Suhou reconta a história do Japão antigo com um filtro futurístico em um cenário com samurais e ciborgues gigantes.

Sucesso no Japão e no mundo, a narrativa criada por Kurosawa influenciou a história do cinema e chegou a Hollywood servindo de inspiração para filmes como Sete Homens e um Destino (The Magnificent Seven), Mercenários das Galáxias (Battle Beyond the Stars) e até a animação Vida de Inseto ( Bugs Life , 1998).

Em 2004, a obra de Kurosawa ganhou sua versão em animação japonesa, pelo estúdio Gonzo . Entre os fãs brasileiros, Samurai 7 ganhou inclusive uma versão dublada, sendo exibido na televisão pelo canal Animax, em 2006.

A história Samurai 7 (Samurai Seven) é ambientado no Japão antigo, em um vilarejo que sofre constantes ataques de bandidos. Sem saber como lidar com os vilões, os lavradores resolvem pedir ajuda para aqueles que conhecem bem a arte da guerra: os samurais.

O problema é que a pobre vila só tem a oferecer uma única moeda de troca: o arroz que produz. Embora hesitantes, o experiente samurai Kambei Shimada e o jovem Katsuhiro resolvem aceitar a missão e vão atrás dos guerreiros certos para formar um clã.

Personagens

Kambei Shimada
É um samurai sábio que sobreviveu a muitas batalhas, embora ele não sinta nenhuma alegria com elas. Muitos de seus amigos morreram nessas batalhas. Lidera o grupo durante suas batalhas e geralmente planeja estratégia. No final, se tornou um samurai bem sucedido, e passa sua espada para Katsushiro enquanto deixa a aldeia de Kanna. Kambei é o primeiro samurai.

Gorobei Katayama
É um samurai habilidoso que ganhou a vida desde o fim das guerras ao divertir as pessoas nas ruas da cidade. Ele também é um veterano da Grande Guerra, conhece Kambei pela reputação. Ele é muito hábil em esquivar golpes e pode arrancar flechas e dardos do ar. Katayama também é bastante inteligente. Ele é o segundo samurai.

Heihachi Hayashida
É um samurai genial que evita lutar tanto quanto possível e prefere comer arroz em vez disso. Durante a Grande Guerra, ele tomou posição como engenheiro de combate, o que o manteve longe da linha de frente, mas também usou suas habilidades mecânicas. Hayashida é descoberto cortando madeira em troca de comida ou dispositivos que o interessam. É muito útil dentro do grupo como mecânico, na construção de armas medievais. No entanto, ele guarda um profundo ódio por traidores, o que resultou na morte de toda a unidade. Ele é preso pela espada gigante de um Bandit, enquanto tenta detonar o explosivo que separaria os motores do Dirigível. Antes de morrer, ele grita para Katsushiro: "Encontre-me no arroz". Dentro da série, ele fala sobre a antiga tradição dos "sete deuses do arroz" que vivem dentro de cada grão de arroz. Ele é o terceiro samurai.

Shichiroji
Lutou lado a lado na Grande Guerra com Kambei, e muitas vezes é referido como "velha companheiro de Kambei". Ele deixa temporariamente o seu sucesso no mercado pós-guerra, e também, sua linda namorada, para se juntar a Kambei na batalha. Tem uma prótese na mão esquerda, seu dedo indicador parece um gancho. Em combate, ele usa um tipo de lança. É o único samurai que não usa uma espada. Sua namorada, Yukino, o apelidou de Momotaro, do tradicional conto japonês, porque o encontrou, gravemente ferido depois de uma batalha, flutuando por um rio dentro de uma cápsula que lembra um pêssego. Ele é o quarto samurai.

Katsushiro Okamoto
É um samurai jovem e inexperiente que deseja ser aluno de Kambei. Idolatra os princípios do bushido. Promete proteger Kirara, não importa como, é muito atraído por ela. Ao longo da série, ele vai amadurecendo e se tornando habilidoso e forte o suficiente para desviar o canhão principal da capital e derrotou inúmeros bandidos sozinhos. Também ganha força emocional e entende qual é a verdadeira razão para se tornar um samurai. Okamoto recebeu a espada de Kambei em reconhecimento como estudante. Ele é o quinto samurai.

Kyuzo
É um guarda-costas misterioso e quase silencioso. Se junta ao grupo com a intenção declarada de lutar contra a morte de Kambei. É um lutador incrivelmente qualificado, empunhando lâminas duplas que se encaixam em uma bainha nas costas. Foi acidentalmente morto por Katsushiro quando ele usou uma arma para proteger Kambei. Ele é o sexto samurai.

Kikuchiyo
É um cyborg com um exoesqueleto mecanizado. Antes era um camponês até se tornar um samurai para ajudar os outros. Muitas vezes é considerado um incômodo, por se irritar com facilidade e muitas vezes causa problemas com o barulho alto e as maneiras desajeitadas. É aceito como o sétimo samurai depois de revelar que também era um fazendeiro, como os camponeses de Kanna. Kikuchiyo carrega a maior das espadas, que também atua como uma motosserra. É ferozmente leal a Kambei, e muito apreciado pelos aldeões, especialmente pela pequena Komachi, que pede que ele se torne seu marido quando crescer, um pedido que ele aceita em troca de manter sua árvore genealógica falsa. Ele morreu numa explosão evitando que a aldeia de Kanna fosse destruída. Ele é o sétimo e
último samurai.
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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O desenvolvimento da competência leitora nas diferentes disciplinas


O desafio do letramento no Brasil ainda é imenso, uma vez que é alto o índice de alunos alfabetizados que não compreendem o significado dos textos. Insatisfatório, o nível de letramento traz um forte efeito multiplicador negativo, já que a leitura é uma competência fundamental ao bom aproveitamento de todas as disciplinas e fontes de conhecimento. Para se ter uma ideia da relevância do tema, deficiências na área de matemática, por exemplo, podem estar ligadas a problemas de interpretação de textos, porque os estudantes não compreendem o enunciado das questões.

Todo texto, tomando como referência o filósofo russo Mikhail Bakhtin (1895-1975; estudioso da linguagem humana), é um gênero discursivo. Ou seja, há um discurso a ele intrínseco que é construído de acordo com o autor, interlocutor, situação de comunicação, imagens associadas, contexto histórico etc. Há, portanto, todo um contexto capaz de ajudar no entendimento. No processo de aprendizagem da leitura, essa visão deve permear não apenas a disciplina de língua portuguesa, mas todas as disciplinas. Professores de diferentes áreas têm, portanto, a missão de “ensinar o aluno a ler”.

As escolas, por sua vez, têm que estar conscientes do seu compromisso em garantir que os alunos desenvolvam, nas diferentes áreas do conhecimento, os procedimentos de leitura exigidos pelos distintos gêneros discursivos.

O texto expositivo, por exemplo, é um gênero presente na maioria dos livros didáticos das diferentes disciplinas. Para compreendê-lo é preciso fazer perguntas: qual é o contexto em que esse texto aparece? Para quem foi escrito? Como esse texto se organiza? No processo de aprendizagem da leitura, o texto tem que ser trabalhado dentro de um contexto de produção e recepção.

Para ensinar o aluno a ler os diferentes gêneros, o professor deve dominar os aspectos que compõem o texto. É necessário que haja compromisso do professor com o seu planejamento, para que ele se aproprie das características do texto que será trabalhado com os alunos. Seja um gênero da esfera literária, jornalística, publicitária, científica ou escolar, o professor tem que ter clareza dos objetivos de ensino e aprendizagem.

Além da apropriação do gênero, o educador deve ensinar as diferentes estratégias de leitura que possibilitam o engajamento com o texto. As intervenções do professor devem criar situações didáticas que ajudem o estudante a aplicar seu conhecimento prévio, a realizar inferências para interpretar o texto e a identificar e esclarecer o que não entende. O compromisso da escola é garantir que todas as áreas incluam em seus planejamentos o ensino da leitura dos gêneros discursivos escolhidos para o trabalho.

Mas como as estratégias didáticas revelam essa concepção teórica? Apresento alguns breves exemplos para apontar caminhos para a atuação prática do professor no papel de formador de leitores competentes. Em língua portuguesa, o professor pode propor o estudo de um gênero discursivo, como por exemplo uma notícia, e compreender os recursos linguísticos próprios de texto da esfera jornalística. Além de possibilitar que o aluno compreenda a situação de produção de uma notícia, onde o texto circula, quais os temas que são tratados, o professor ensina os aspectos gramaticais exigidos pelo currículo. Na disciplina de geografia, por exemplo, o professor pode explorar a leitura de um mapa, ou um infográfico, analisando a estrutura própria desses gêneros. Ele pode realizar intervenções de modo que os alunos estabeleçam relação entre imagem e texto, entendam as funções das legendas etc. Para isso, deve apropriar-se do texto antes. Desse modo, garante a compreensão do gênero e a aprendizagem dos conceitos da disciplina. Em matemática, o professor pode aprofundar-se nos recursos linguísticos próprios de um enunciado e trabalhar a interpretação de palavras, como “diferença”, “sobra”, “reduzir”, que muitas vezes possuem sentido distinto daquele usado no cotidiano. É papel do professor instrumentalizar o aluno para ler os textos próprios de cada disciplina. Há diversas maneiras de ler e distintos objetivos de leitura. O compromisso de ensinar a ler deve ser de todos.

De acordo com essa perspectiva, é fundamental o trabalho com o desenvolvimento da leitura crítica dos textos. É preciso, dentro de cada gênero, apresentar as diferentes vozes presentes no texto. Para tanto, o professor pode explorar os locutores e interlocutores de cada produção estudada e pensar como essas diferentes vozes influenciam na escolha das palavras, na composição do texto, no estilo, nos locais de circulação etc. Essas habilidades de leitura devem ser ensinadas, para que o aluno se torne um leitor competente, proficiente e engajado.

A necessidade atual de mudança nas estratégias de ensino e aprendizagem fica evidente quando vemos um leitor ser capaz de decodificar um texto, mas não ser capaz de inferir o sentido de uma palavra, por exemplo. A questão é que a escola ensina o código, mas nem sempre está atenta a propor tarefas para que o aluno pratique a leitura de maneira a desenvolver as diferentes habilidades que compõem a competência leitora. A tecnologia, nesse contexto de Era Informatizada, tem papel fundamental. Do momento de planejar ao de avaliar, a tecnologia deve estar à serviço das relações de ensino e aprendizagem. Algumas ferramentas vêm sendo desenvolvidas nas áreas de matemática, ciências, e na área de comunicação entre professor e aluno, por exemplo; na área da linguagem, também existe uma ferramenta que trabalha a leitura dentro dessa perspectiva.

Permanece, assim, o desafio de colocarmos em discussão as diferentes formas de pensar e entender a leitura de maneira a atingir eficácia na relação ensino aprendizagem em todas as áreas do conhecimento. Além disso, de considerar que as práticas em leitura devem integrar um aprendizado contínuo, sempre levando em conta novas habilidades a serem desenvolvidas e consolidando as habilidades já adquiridas, e isso não apenas na fase inicial da vida escolar da criança.

Com base nessa ideia de um processo contínuo de ensino e aprendizagem, e em um contexto altamente informatizado e veloz nas informações, o professor deve buscar o compromisso diário de formar leitores críticos. Torna-se cada vez mais importante que o aluno do século XXI atinja a proficiência e a criticidade em leitura, para, dentre outras habilidades, ser capaz de considerar diferentes perspectivas. O docente é, certamente, um dos profissionais que tem em mãos o privilégio de levar o país para um outro patamar na área da leitura. E a escola tem, portanto, a tarefa de promover estratégias, tempo e espaço, que auxiliem o trabalho de planejamento dos professores das diferentes áreas.


*Por Leticia Reina. Mestre em linguística aplicada pela PUC-SP, pós-graduada em psicopedagogia pela Unimarco e graduada em psicologia pela Universidade São Marcos. Atualmente é diretora pedagógica da Guten Educação e Tecnologia. Com 20 anos de experiência em educação, trabalhou em escolas referência em São Paulo em cargos de coordenação e orientação. Foi professora da pós-graduação no Senac-SP e atuou na elaboração de materiais didáticos na FTD.
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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Fenômeno da literatura de fantasia argentina chega às livrarias brasileiras


Chega ao Brasil o primeiro volume da pentalogia Bruxas, série best-seller da Argentina. Escrito pela “rainha do gênero de fantasia”, segundo o jornal Clarín, Tiffany Calligaris virou uma febre entre os jovens do país. Influenciada pela autora J.K Rowlling, a escritora fez uma pesquisa de campo em Salém para criar o enredo que envolve bruxas e outros seres míticos.

O livro conta a história de Madison Ashford, estudante de design em Boston, que leva uma vida sossegada até o aparecimento de um novo aluno da faculdade, Michael Darmoon. O jovem e suas duas primas, também recém-chegadas à cidade, parecem ser envoltos em uma aura misteriosa. 

Na presença de Michael e suas exóticas primas, nascidos em Salem, situações bizarras começam a ocorrer no campus e Madison vira alvo de alguns desses acontecimentos: lâmpadas estouram quando ela e o garoto se esbarram nos corredores, sonhos enigmáticos passam a ocumpar as noites da jovem e um gato preto surge nos momentos mais inesperados. 

Como tais acontecimentos bizarros conectam todos os personagens? Como os episódios acontecidos em Salém, palco principal do julgamento das bruxas em 1692, podem reverberar na atualidade? Essas só algumas das questões que Madison precisa desvendar no primeiro livro da pentalogia Bruxas.
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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Editora Alaúde lança Revelando Trump


Revelando Trump (Editora Alaúde) é o relato mais atualizado e completo sobre o 45o presidente dos Estados Unidos, narrando toda a sua trajetória ao cargo mais poderoso do mundo: desde a infância nos subúrbios de Nova York, os anos de formação em uma academia militar, a turbulenta carreira no ramo imobiliário e na indústria do entretenimento e a ascensão à presidência dos Estados Unidos. 

A obra foi escrita pelo repórter investigativo Michael Kranish e pelo editor Marc Fisher, com base em mais de 30 artigos de diversos jornalistas do The Washington Post. Para a tarefa de conseguir os detalhes sobre a trajetória de vida do empresário, o jornal convocou uma equipe de mais de 20 repórteres, 2 checadores e 3 editores liderados pelo editor-executivo Martin Baron – o mesmo responsável pelo trabalho investigativo do The Boston Globe retratado no filme Spotlight. 

O resultado é uma reportagem biográfica minuciosa sobre o atual presidente dos Estados Unidos que vai muito além do âmbito político, trazendo detalhes de sua vida pública e privada, seus negócios, suas controversas mudanças de opinião e até mesmo sua desenvoltura esportiva. 

Nesta edição brasileira, o prefácio é escrito pelo professor Carlos Gustavo Poggio Teixeira, diretor do Departamento de Relações Internacionais da Faculdade de Ciências Sociais da PUC-SP, cuja pesquisa acadêmica já desenvolveu diversos artigos sobre o tema. 

“O livro de Fisher e Kranish confirma involuntariamente que se quisermos entender a eleição de Donald Trump, o único presidente que jamais ocupou algum cargo na estrutura estatal, devemos compreender as mudanças sociais pelas quais os Estados Unidos passaram nos últimos anos. A eleição de Trump é resultado de algo maior que ele – aquilo que poderíamos chamar de “trumpismo”. Trump pode passar, mas o trumpismo tem raízes mais profundas.” (Carlos Gustavo Poggio Teixeira). 

A extensa pesquisa e a atenção aos detalhes que podem passar batido na constante urgência das coberturas de notícias diárias fazem de Revelando Trump uma biografia indispensável para não só ter uma visão mais abrangente das nuances que compõem a complexa personalidade do presidente Trump, mas também compreender melhor que características o fizeram ser escolhido pelo povo e como elas se encaixam nos novos movimentos da política mundial. No mundo todo, temos observado o surgimento de líderes que se identificam mais como gestores, com uma visão econômica mais liberalista, porém politicamente mais conservadores.

Ao mesmo, Revelando Trump permite ao leitor identificar as motivações por trás das fortes opiniões do empresário sobre temas como: economia, comércio exterior, imigração, terrorismo, racismo e questões de gênero. A partir da leitura, Donald Trump é, finalmente, revelado em um personagem complexo e mais profundo do que sua linguagem simples e atitudes polêmicas o fazem parecer ser. Afinal, ele não se tornou o presidente da nação mais poderosa do mundo por acaso.
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sábado, 19 de agosto de 2017

Médico lança livro gratuito que desmistifica o TDAH


O neuropediatra do Instituto NeuroSaber Dr. Clay Brites é o autor do e-book “Mitos e Verdades sobre o TDAH - Entendendo para incluir”. A obra esclarece dúvidas sobre o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). O livro pode ser baixado gratuitamente pelo link http://entendendoautismo.com.br/e-book-mitos-e-verdades-sobre-o-tdah/ .

Para o especialista, há muitas informações deturpadas e preconceituosas propagadas pelo senso comum sobre o assunto. Por exemplo, algumas pessoas falam que o transtorno é uma doença inventada. Porém, o TDAH é uma das condições médicas mais pesquisadas e posta à prova de evidências científicas. “Seus mecanismos neurobiológicos são conhecidos desde a década de 50”.

Segundo Brites, outro erro discutido no e-book é sobre o conceito equivocado das pessoas em afirmar que TDAH é igual a hiperatividade. E não é verdade. “De 30 a 40% das crianças com TDAH só apresentam déficit de atenção, mas não são impulsivas nem hiperativas”.

Mais um equívoco muito falado é que o transtorno se trata de um problema de cunho social e culpa dos pais e educadores. Pelo contrário, o especialista explica que o TDAH não é resultado de má educação, falta de limites, perda de oportunidades, abandono afetivo nem lares desajustados. “Existem pesquisas recentes que mostram que a incidência de TDAH é mais ou menos igual em todo o planeta independente da cultura e nível social”.

- Alguns podem não saber, mas crianças inteligentes e espertas, e ainda de boas famílias, quando portadoras de TDAH tem seu potencial intelectual e funcional no ambiente muito mais reduzido e prejudicado. E isso não é culpa dos pais nem de professores – ressalta.

Outro erro esclarecido no e-book é o fato das pessoas acreditarem que todos os profissionais da saúde sabem identificar o transtorno. Segundo o neuropediatra, a capacidade de diagnosticar requer conhecimento profundo sobre todos os aspectos do TDAH, como, por exemplo, saber analisar o quadro clínico, o perfil do portador, os aspectos neuropsicológicos e entender os protocolos internacionais para o diagnóstico e tratamento.

- Nossas faculdades de Medicina estão ainda em fase de implementação curricular acerca desse transtorno e muitas residências médicas ainda carecem de abordar o assunto sem muita teoria e muita pouca prática - alerta. 

Por isso, Dr. Clay diz que é fundamental os pais e profissionais da educação pesquisarem bastante sobre o assunto para poder ajudar essas crianças. “Caso familiares e professores não se fiquem atentos ao problema, esse jovem pode ter grandes prejuízos e frustrações na aprendizagem escolar”. 
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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Já conhece o site oficial do George R.R. Martin no Brasil?


A editora LeYa lançou, no início de julho, o site oficial do autor deA Guerra dos Tronos no Brasil.

Confira o site e tenha acesso a conteúdo inédito, wallpapers, galerias de imagens, concursos, promoções especiais, análises sobre as obras do autor e muito mais.

E que tal já ler um capítulo do livro inédito Ventos do Inverno? Basta ir na seção "Para fãs" e se preparar para o 6º livro de As Crônicas de Gelo e Fogo!


Veja também mais sobre o universo de Wild Cards, Caçador em Fuga, Sonho Febril e todos os universos criados pelo autor de ficção fantástica mais importante da atualidade.


Cadastre-se também no fã-clube, na página "Bônus", para receber material em primeira mão.

E lembrem-se: o inverno já chegou...
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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Mais famosa obra de Mary Shelley, Frankenstein, é relançada pelo selo Via Leitura


Frankenstein, de Mary Shelley, é reeditado pelo selo Via Leitura, da Edipro. O livro, publicado pela primeira vez em 1818, mistura elementos de terror e ficção científica e, rapidamente, tornou-se um grande clássico da literatura gótica. Desde então, a obra é considerada uma das maiores e mais fascinantes histórias de horror de todos os tempos.

Em uma mansão da Suiça, Mary e Percy Shelley, o poeta Lord Byron e o escritor John Polidori ficaram presos por conta de grandes tempestades e resolveram cada um fazer um conto de terror, e essa foi a origem de um dos monstros mais famosos do mundo.

Segundo a autora, após muita observação das conversas entre Lord Byron e Percy Shelley (um grande poeta, além de marido da autora) sobre doutrinas filosóficas e ciências, como o darwinismo, a autora sentiu-se estimulada a escrever uma obra que trouxesse elementos fantásticos e sombrios associados à ciência. O resultado foi uma produção de tirar o fôlego do mais ávido leitor.

O livro, de Mary Shelley, quebrou paradigmas e lançou vários aspectos importantes para a literatura de ficção. Victor Frankenstein é um cientista que se empenha em um experimento que tem o intuito de retomar a vida de um ser inanimado. Isso resulta na concepção de uma criatura sobre-humana e monstruosa que passa a lhe perseguir, tornando-se um arquétipo de seu próprio criador.

Este aspecto do enredo é responsável pela força desta história. Entre várias peculiaridades geniais, também se destaca a abordagem das dualidades humano/inumano e natural/artificial.
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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Em livro infantil, roteirista do Castelo Rá-Tim-Bum apresenta a Idade Média aos leitores



Abelardo tem dez anos e vive em um feudo em plena Idade Média. Gosta de desenhar dragões nas paredes do castelo e, mesmo que lhe digam o contrário, tem certeza de que eles existem. Assim como acredita que o pai, que partira anos antes para as Cruzadas, voltará para casa. Eis que um dia um intrigante mapa, indicando um local onde viveriam as criaturas aladas, cai em suas mãos. O garoto, corajoso, parte em busca dessa terra desconhecida, embarcando em uma viagem fantástica, repleta de espantos e surpresas, que confundirá os limites entre desejo e realidade.

A lenda de Abelardo, nova narrativa de aventura e fantasia de Dionisio Jacob, tem tudo para agradar os pré-adolescentes. A rica ambientação de época, baseada em pesquisa histórica sobre costumes e contexto sociocultural, e o inventivo mundo imaginário, rico em detalhes e coerência interna, combinam-se perfeitamente numa trama que, além de entreter combinando humor, emoções e sagacidade, chama atenção para questões atuais, como preservação ambiental e biodiversidade.

As vinhetas em preto e branco, feitas pelo ilustrador Rogério Coelho, inserem novos elementos na narrativa, contribuindo para o enriquecimento da leitura e instigando a imaginação.

Sobre o autor: Dionisio Jacob nasceu em São Paulo, em 1951. Autor de novelas, romances e contos para jovens e adultos, é também ilustrador e arte-educador. Foi um dos fundadores do grupo de teatro Pod Minoga, além de roteirista de programas de TV infanto-juvenis da década de 1990, como Castelo Rá-Tim-Bum, Cocoricó e TV CRUJ. Recebeu prêmios importantes, como Menção Honrosa no prêmio Jabuti, em 2002, e Melhor Livro no concurso da UBE, em 2005. Pela SM, publicou também: A espada e o novelo, A flauta mágica, A fenda do tempo e Sonho de uma noite de verão.

Sobre o ilustrador: Rogério Coelho nasceu em São Paulo, em 1975. É ilustrador profissional desde 1997. Já ilustrou mais de sessenta livros de literatura infanto-juvenil, além de quadrinhos, revistas e didáticos. Recebeu diversos prêmios, como a exposição "Ilustrando em Revista" da Editora Abril e o prêmio Jabuti em 2012. Também foi finalista do prêmio Abril de Jornalismo na categoria ilustração, em 2011.
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Faro Editorial lança série, “Para Amar” Clarice Lispector e Graciliano Ramos


Por que um autor se torna um clássico? Por que continuam a ser lidos e admirados por tantas décadas? Como é possível ler essas obras e apreciar suas inovações? E, como elas acontecem no texto desses autores?

Nossa literatura é rica de escritores que criaram estilos únicos para contar histórias, bastante lidas, mas nem sempre compreendidas sob o signo de sua inovação e arte. Mergulhar numa obra literária e absorver os os aspectos e ideias mais relevantes pode ser complicado sem um caminho de orientação e, muitas vezes, é complexo até para pessoas ligadas a Literatura.

Foi pensando em aproximar as obras de seus leitores, naquilo que elas têm de mais especial, a Faro Editorial criou a série “Para Amar”. Não se trata de um resumo de obras, pelo contrário. A coleção guia o olhar do leitor para entender a narrativa dos autores a partir do conjunto de suas várias obras, servindo com um roteiro para que qualquer pessoa seja capaz de observar os aspectos mais importantes da obras-primas de nossa literatura.


A Ideia da série?


Os autores se tornam clássicos por terem sido considerados como a melhor produção literária de sua época em termos de arte, de inovação, de exercício da linguagem. No entanto, dizer isso aos leitores atuais não é suficiente. É preciso mostrar onde acontece esse destaque, como acontecem e por quê.


Como isto é feito?


Na obra de Graciliano, Ivan Marques destaca os momentos-chave em que o autor estabelece algumas
de suas principais marcas estilísticas como

a incomunicabilidade, a loucura, críticas a condição humana, estilo seco, conciso e sintético, e uma busca por objetividade e clareza, em obras como São Bernardo, Angústia, Memórias do Cárcere, Caetés, Vidas Secas entre outras.

Na obra de Clarice, Emilia Amaral encontra elementos bem diferentes: a individualidade, a voz dos que não tem espaço, o inconsciente, a narrativa desordenada, a busca existencial, a metafísica, o caos interno, a visão psicanalítica. E ela utiliza trechos de livros como A hora da Estrela, Laços de Família, A paixão segundo GH, Perto de um coração selvagem, entre outros, incluindo mais de uma dezenas de contos.

O diferencial da coleção é mostrar a arte, no momento em que acontece, com a transcrição de trechos das respectivas obras com a ideia de indicar aos leitores como observar o que é mais importante naquele autor, algo que os consagraram com destaque em nossa Literatura.

Os primeiros volumes da coleção chegam às livrarias em agosto pela Faro Editorial, “Para Amar Clarice” e “Para Amar Graciliano”, foram escritos por dois especialistas em literatura brasileira, Emília Amaral e Ivan Marques, que reunirem qualidades especiais: larga formação em literatura brasileira e capacidade de falar (e escrever) para público não acadêmico.

Na coleção, o leitor também irá encontrar um pouco mais sobre a biografia cada autor. Trata-se de uma coleção focada em leitores que desejam expandir sua forma de ler literatura nacional, sem as urgências dos concursos universitários.
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sábado, 12 de agosto de 2017

Conheça o Fullmetal Alchemist Guia Completo #01


 A Editora JBC está divulgando uma novidade que será lançada neste mês. O Fullmetal Alchemist Guia Completo chega nas lojas em nova edição, acompanhando a publicação de Fullmetal Alchemist!

Indispensável para os fãs da série, o Guia conta com informações sobre os personagens, os cenários, o enredo e o universo de Fullmetal Alchemist, com curiosidades sobre as pesquisas de alquimia e entrevistas com a autora, Hiromu Arakawa.



Dados da Edição
Autora: Hiromu Arakawa
Formato: 13,5 x 20,5 cm
Número de páginas: 184 p.
Preço: R$ 19,90
Classificação etária: Livre
ISBN: 978-85-457-0302-0
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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Um antídoto para a era da ansiedade, Alan Watts fala sobre viver o presente


Lançamento da Editora Alaúde, o livro A sabedoria da insegurança, de Alan Watts, presenteia o leitor com uma reflexão sobre a felicidade e o viver o presente. Mesmo tendo sido escrita em 1951, a obra é extremamente atual e necessária porque vivemos em uma era de ansiedade sem precedentes. 

Constantemente ocupados em lamentar o passado e planejar o futuro, nos esquecemos de viver plenamente o aqui e o agora. Sem fórmulas mágicas, Watts nos mostra que aceitar o presente e o que somos neste momento é a única forma de viver uma vida plena e livre das angústias da ansiedade.

“Escolhas geralmente são decisões motivadas pelo prazer ou pela dor, e a mente dividida age com o único propósito de aproximar o “eu” do prazer e afastá-lo da dor. Os melhores prazeres são os que não são planejados, e a pior parte da dor é esperar por ela e buscar alívio quando ela chega. Não é possível planejar ser feliz.” 

Grande divulgador e popularizador das filosofias orientais no ocidente, Alan Watts vem sendo redescoberto por leitores de novas gerações, tornando-se presença frequente em citações, posts, vídeos e animações na internet. A popularidade do autor vem, justamente, da forma como sua narrativa dialoga com o sentimento de instabilidade e incerteza do mundo atual. 

Em A sabedoria da insegurança, Watts mostra como abraçar a insegurança e lidar com ela de modo que promova o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal. A nova edição conta ainda com o prefácio de Lauro Henriques Jr, autor de Palavras de Poder (Editora Alaúde), e de Deepak Chopra, autor de Você é o universo e Supercérebro (Editora Alaúde). Chopra afirma que o livro A sabedoria da insegurança foi fundamental no início de sua trajetória profissional.

“Eu tinha 30 e poucos anos, mais ou menos a idade do autor quando o livro foi publicado, e Watts foi para mim o orientador perfeito em uma mudança de rumo na vida, que me afastava do materialismo e de suas promessas vazias”, afirma Chopra.
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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Editora abre inscrições para antologia português e francês


A ZL Editora está com inscrições abertas para autores que queiram participar da quarta edição bilíngue, português-francês, da Antologia Escritores da Língua Portuguesa. O cadastro para interessados será feito pelo e-mail zlcomunicacao8@gmail.com até o dia 31 de agosto. 

Cada autor poderá ocupar até três páginas e terá direito a cinco exemplares da antologia. Apesar da obra prestigiar contos e crônicas, os escritores podem enviar outros tipos de textos, como poemas, prosas, entre outros. Segundo Jô Ramos, idealizadora da iniciativa, o projeto busca proporcionar aos autores maior visibilidade da sua produção literária, não só no Brasil como também no exterior. 

A primeira antologia da editora foi lançada somente em português no Brasil. Os textos do volume II tiveram a tradução para o inglês e contou com o lançamento em Nova York, Estados Unidos. Já a terceira edição, publicada em português e alemão, teve sua edição lançada em Berlim, Alemanha. A última edição será lançada no Salão do Livro da França em 2018. 

A antologia tem previsão de lançamento para 1º de dezembro, durante o evento comemorativo “Troféu da Literatura Brasileira 2017”, num jantar que acontecerá no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.
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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Você sabe qual a verdadeira cor da felicidade?


Mãe, escritora e médica, a autora natural de Guimarânia, interior de Minas Gerais, persiste em todas as áreas, para levar amor, saúde e cultura a todos. Em uma jornada de trabalho tripla, a oftalmologista mãe de gêmeos, Renata R. Corrêa, ainda encontra tempo na tribulada rotina para espalhar o amor e a esperança a todos que lêem as suas obras.

Em As coisas não são bem assim, o leitor é apresentado a uma linda história de superação e amor que demonstra que, muitas vezes, a vida não segue planos e que coisas ruins inevitavelmente acontecem com pessoas boas. Porém, o destino nunca falha em colocar no caminho dos bons outros com o poder de cura.

O leitor segue a história de Clarice, uma jovem que perde o namorado e grande amor da vida, antes que os dois pudessem se formar na faculdade. Junto da morte do jovem, um pedaço da alegria, esperança e futuro de Clarice também é perdido. Depois de alguns anos, ela conhece Henrique, um pai solteiro viúvo e que vê nela a possibilidade de um grande amor, novamente. Entretanto, a vida nem sempre percorre o caminho que se quer, e o casal vai precisar enfrentar alguns percalços antes de encontrar a felicidade. É uma bonita e delicada história sobre recomeços, fé, esperança e o grande poder do amor.

Com forte inspiração na própria vida da autora, As coisas não são bem assim, mostra como a vida é imprevisível, e como alguns males realmente surgem para provar que as batalhas vividas são de grande valor.
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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Cardápios para despertar o desejo de ler


Livros grandes ou pequenos, grossos ou finos? Livro brinquedo, livro jogo, livro com texto ou livro de imagens? Com pistas para serem encontradas, com cartas enigmáticas para serem decifradas? Livros convencionais ou com figuras que saltam para fora das páginas e abas para movimentar personagens? Histórias em quadrinhos, prosa, poesia? Autores nacionais ou estrangeiros, famosos ou pouco conhecidos, contemporâneos ou que viveram há séculos? Livros que falam de bichos, de seres fantásticos ou de gente como a gente? Contos de fadas, de assombração, de aventuras, de magia, de realidade crua? Adaptações ou textos integrais? Em papel ou eletrônico? Quem escolhe: a criança ou o adulto? Se o livro está publicado com imagens coloridas, capa atraente e projeto gráfico cuidadoso, ele necessariamente tem qualidade?

São muitas as perguntas que podemos fazer ao entrarmos em uma livraria ou biblioteca para escolhermos livros de literatura destinados às crianças. As estantes abarrotadas com obras de todo tipo podem provocar dúvidas sem fim. Afinal, como escolher diante de tantas possibilidades, em um universo de publicações heterogêneo quanto à qualidade, às abordagens e às propostas? Evidentemente, não há receitas que garantam escolhas certeiras ou bússolas que indiquem viagem segura pelos mares de livros, mas algumas referências podem nos ajudar nesta empreitada.

É importante lembrar que leitores não nascem prontos. A leitura, especialmente a literária, é ato complexo, nada simples, aprendido por meio de mediações variadas: do ambiente familiar, da escola, da cultura, do meio social, entre outras. Ao tomar contato com o texto literário, nem sempre o leitor encontra o imediatamente compreensível, o previsível, o conhecido. Na leitura, o leitor passa a fazer parte de um jogo no qual as palavras sugerem, revelam e escondem sentidos, como o gato e seu sorriso, em Alice no País das Maravilhas, que aparece e desaparece lentamente, começando pelo rabo e terminando pelo sorriso, que continua flutuando depois que o resto do corpo já foi embora. A literatura, muitas vezes, desestabiliza o leitor – lhe dá o sorriso sem o gato – desacomoda, emociona, faz refletir.

No processo de formação do leitor são necessárias várias ações e a escolha dos livros é parte essencial dessa construção. Qualidade e diversidade podem ser categorias valiosas a orientar a escolha de livros, seja para lermos aos nossos filhos ou para a montagem de acervos em espaços culturais e educativos. Qualidade de textos, ilustrações, projeto editorial, do livro como objeto que será experimentado pela criança. Diversidade de gêneros, temas, abordagens, autores, ilustradores, estilos, propostas editoriais. 

A idade e a maturidade das crianças também são referências importantes ao escolhermos livros, mas é preciso ter em mente que não basta ter a mesma idade para que os interesses sejam os mesmos, pois se há consenso em relação aos períodos do desenvolvimento humano, sabemos também que cada pessoa é singular. Assim, considerar a singularidade das crianças e oferecer opções variadas pode aumentar as chances de que o leitor encontre um livro com o qual se identifique.

Se as escolhas devem ser cuidadosas, avaliando para quem e por que se escolhe, é bom lembrar que, embora o acesso aos livros seja importante, ele não é suficiente para formar o leitor. O modo como estes livros chegam às crianças também é fundamental, ou seja, o mediador – seja ele alguém da família, o professor, o bibliotecário, o animador cultural – e suas ações também podem ser decisivos para que o leitor aceite (ou não) o convite à leitura. Como o livro de literatura é apresentado ao leitor infantil? Como objeto lúdico, que pode ser manipulado, cheirado, tocado, olhado, lido e experimentado em muitas brincadeiras? Como objeto revelador, que instiga, emociona e cujos sentidos podem se entrelaçar às experiências de quem lê? Como possibilidade de descoberta do mundo e de si mesmo?

Com os adolescentes, a leitura literária também pode manter encanto e frescor se os livros não se limitarem a servir como estratégia para o ensino de história da literatura ou de conteúdos curriculares variados; se a literatura não ficar aprisionada em atividades tediosas de avaliação. Pois, o desafio não é apenas ler, mas gostar de ler, ler para além das obrigações escolares, ler porque se descobriu que a história, o poema, a imagem nos mobiliza, conta coisas sobre nós mesmos, nos vincula com a comunidade humana.

Frente ao desafio de selecionar livros para formar um conjunto variado e instigante de obras, sempre me deparo com a idéia de um cardápio de leituras para despertar (e manter!) o desejo de ler que tenha como carro-chefe a diversidade de sabores, a qualidade dos ingredientes a serem experimentados e combinados e o modo como poderão ser oferecidos para que um paladar literário vá se compondo. Se há diferentes leitores, diferentes interesses e diferentes desejos, vale à pena nos perguntarmos que cardápios de leituras oferecemos com nossas escolhas.


Por Silvia Oberg: Formada em Letras e doutora em Ciência da Informação (ECA/USP). Trabalhou na Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato (SP), é especialista em literatura para crianças e jovens, professora e trabalha em projetos de formação de mediadores de leitura.

Fonte.
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Salão do livro no Canadá abre inscrições para escritores


Mais do que vender livros, os escritores buscam levar seu conceito, sua arte e sua maneira de ver o mundo para o universo de leitores. Pensando nisso, o I Salão do Livro do Canadá está com inscrições abertas para autores brasileiros. Organizado pela ZL Editora, o evento acontecerá nos dias 9 e 10 de setembro em Montreal. Os interessados precisam se inscrever, até dia 30 de agosto, pelo e-mail zlcomunicacao8@gmail.com.

Além de disseminar a literatura brasileira para fora de nossas fronteiras, haverá palestras com escritores que irão destacar sobre os desafios do mercado editorial, a importância do trabalho coletivo, como definir objetivos quando se decide editar uma obra entre outros assuntos.

Segundo Jô Ramos, idealizadora do projeto, o salão vai reunir também artistas plásticos, estudantes e professores. “O principal objetivo é promover propostas inovadoras para a literatura brasileira, como um aliado no aprofundamento e extensão das feiras internacionais”.


Ela diz que os escritores independentes precisam construir novas pontes para acessar o mercado editorial que hoje se fecha em apenas alguns nomes. “Por isso, queremos instigar a geração de intercâmbios mais eficazes entre os dois países”, ressalta.

- A ideia é fazer com que o autor leve seu trabalho a um público maior conquistando novos leitores, além de acessar novas formas de divulgação da sua obra - conclui.
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terça-feira, 1 de agosto de 2017

'Akira' faz retrato do Japão do pós-guerra


Em 1957, causou comoção em Tóquio o acender das luzes de um letreiro de néon de mais de duas toneladas. Não foi o primeiro, mas foi o que fez todas as empresas correrem atrás de um. Hoje, as paisagens urbanas com escassez de espaço e excesso de néon são marca registrada dos grandes centros urbanos asiáticos e do imaginário cyberpunk, mas também representam a dominação da cultura consumista imposta pelos EUA no pós-guerra.

Um quarto de século mais tarde, foi lançado o primeiro volume de Akira, mangá seminal de Katsuhiro Otomo que se utilizou desse cenário néon para pavimentar o caminho para outros produtos culturais nipônicos no Ocidente. Finalmente, o Brasil está recebendo uma edição caprichada de Akira, pela JBC.

Publicado em seis volumes entre 1982 e 1990, Akira se passa em 2019, três décadas após a deflagração da 3ª Guerra Mundial e a destruição da antiga capital japonesa. Os Jogos Olímpicos de 2020 estão prestes a ser sediados em uma Neo Tokyo (a vida imita a arte, afinal) reconstruída, temperada por uma juventude promíscua, um cenário político convulsionado e charlatães religiosos à espera de um messias. 

O incipit do drama de Otomo é o encontro entre uma gangue de motociclistas liderada por Kaneda e a cobaia de um teste militar secreto do governo: um sujeito com corpo de criança e feições de idoso, que demonstra poderes sobrenaturais. Tetsuo, que costumava ser o mais vulnerável da trupe, colide com o garoto psíquico e leva a pior, o que desperta nele as capacidades telecinéticas.

O primeiro volume, por enquanto o único disponível nas livrarias, concentra-se na evolução dos dons de Tetsuo, seu crescente antagonismo em relação aos antigos amigos e sua escalada de menor infrator a inimigo público número um. Essa transição é muito mais bem desenvolvida no mangá do que no clássico filme em animação de 1988, que resume radicalmente a história, sacrifica a construção das personagens e ignora boa parte das subtramas políticas, além dos três volumes finais. 

Akira se passa no futuro, mas como toda obra de sci-fi, é um reflexo de seu próprio tempo. Tetsuo personifica o Japão do pós-guerra e a ameaça nuclear. Suas mutações são uma metáfora dos efeitos da radiação à qual o país foi exposto após a explosão das bombas de Hiroshima e Nagasaki; a rápida evolução de seus poderes, sublinhada em vários momentos, é um paralelo do desenvolvimento econômico galopante pelo qual o Japão passou, indo de uma nação em ruínas para uma potência pujante; a consequente perda da identidade nacional nipônica após esse processo e a imposição da cultura ocidental trazida pela globalização estão expressas na atitude hostil de um irreconhecível Tetsuo para com seus antigos comparsas. 

Katsuhiro Otomo não só foi responsável por fincar a bandeira dos mangás e animes em solo ocidental, mas seu cenário futurista de Neo Tokyo, um emaranhado de luzes néon, deu o tom para todo o gênero cyberpunk dali em diante, junto de Blade Runner, lançado no mesmo ano. Basta pensar que Neuromancer, de William Gibson, foi publicado só dois anos depois. 

A vinda de Akira para as Américas coincidiu com a quebra do mercado norte-americano de videogames (resumidamente, a Atari afundou-se em dívidas após uma péssima adaptação do E.T., de Steven Spielberg, para os games) e a posterior invasão da japonesa Nintendo a partir de 1985, o que consolidou de vez o intercâmbio cultural que dura até hoje.

Em breve, o leitor brasileiro poderá ler os outros cinco volumes de Akira e explorar por conta própria suas nuances, que não se restringem à política e ao comentário social, mas se expandem para uma dimensão religiosa e filosófica que foi essencial para o amadurecimento dos quadrinhos japoneses.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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